quarta-feira, 26 de novembro de 2008

De encontro ao meu destino

(Esse texto é a continuação das postagens:
Nosso destino está traçado
Um sentido novo à vida
portanto sugiro que as leia primeiro para entender a história)

Cheguei a São Paulo 2 horas mais cedo do que o esperado, mas mesmo assim fui para o local combinado e me preparei para uma longa espera. Dentro de mim algo dizia que a espera seria longa, talvez eterna. As horas se passaram e eu imaginava-o chegando, mas nada acontecia. As pessoas iam e vinham, indiferentes ao drama que eu vivia.

Depois de passar horas esperando dei-me conta do óbvio: ele não viria. E também percebi que viera a São Paulo com uma única idéia na cabeça, caso não desse certo não sabia o que ia fazer. Estava na maior cidade da América do Sul e não fazia idéia para onde ir.

Decididamente não pretendia voltar para minha cidade derrotada e de mãos vazias, tampouco queria ir para a casa de parentes que moravam aqui e que já estavam cientes da história. O que eu menos queria era ouvir sermões ou perguntas. Eu mesma estava cheia de perguntas sem resposta e não me sentia capaz de encontrar respostas para as perguntas de outras pessoas. Decidi então ir para a casa de minha comadre.

Ela é a madrinha de minhas 2 filhas mais velhas e desde que eu me mudara de Diadema, em 1985, essa seria minha primeira visita à casa dela. Ela sempre ia me visitar e essa seria a oportunidade de retribuir suas visita. Lá eu também me sentiria em "território neutro", sensação mais que bem-vinda nesse momento delicado.

Com as mãos trêmulas liguei para a casa de minha comadre e do outro lado uma voz masculina respondeu. Era o filho dela, Marques, de quem eu vagamente me lembrava da época que morara em Diadema, quando ele era pouco mais que um garoto. Minha comadre sempre falava dele quando ia à minha casa mas eu não dava muita atenção.

Conversei com minha comadre e ela concordou que eu fosse para lá. Eu estava ainda dentro do ônibus quando meu celular recebeu uma mensagem. Era do rapaz que me dera o bolo. Meu coração disparou e foi com mãos trêmulas que abri a mensagem:

"Aqui é o irmão de ... Há 2 dias ele teve um derrame. Coma profundo. Estado desesperador. Só saberemos se sobreviverá nas próximas 72 horas"

As lágrimas vieram a meus olhos e começaram a rolar sem que eu as sentisse. De repente eu não via mais nada. Uma angústia profunda me rasgou toda por dentro.

(Esta postagem continua em Nas entrelinhas)


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Um sentido novo à vida

(Essa postagem é continuação de "Nosso destino está traçado", se você não a leu, leia antes de ler essa aqui)

Comecei a conversar todas as noites com o rapaz que tão formalmente iniciara essa amizade. Eu ouvi seus problemas, de seu namoro desfeito, de sua solidão, e depois fui também falando dos meus, de meus relacionamentos terminados e minha firme determinação de ficar enfiada em casa até o último de meus dias.

A amizade crescia, às vezes nos emocionávamos com nossas histórias, mas mais freqüentemente ríamos de nossas piadas particulares. Ele gostava de meu humor ácido, eu de seus trocadilhos e sua rapidez de raciocínio. Em um mês éramos amigos íntimos e nossa conversa antes de dormir era a melhor parte de meu dia.

As conversas se espichavam, compridas, a cada dia eu passava mais tempo na frente do computador, chegando ao record de 17 horas seguidas num sábado. Se perguntarem sobre o que falávamos, não sei dizer ao certo. Falávamos de tudo e de coisa nenhuma. Apenas falávamos e ouvíamos. Pela primeira vez eu sentia que alguém nesse mundo me entendia, mesmo estando a milhares de quilômetros, com um mar no meio nos separando.

Com pouco mais de um mês de conversa ele queria me ver pessoalmente. Resisti a princípio mas depois pensei: que estou perdendo? E acabamos por combinar que ele viria ao Brasil no carnaval de 2006 e nos encontraríamos em São Paulo. Para mim seria uma viagem de 700 km e ele iria atravessar o Atlântico.

Depois de combinarmos o encontro ficamos ainda mais íntimos, a ponto de eu pensar que estava apaixonada e que havia encontrado minha alma gêmea. A cada dia minha ansiedade crescia, a ponto de eu não conseguir mais esperar pelo momento, e recomecei a sonhar. Mas quanto mais tempo eu dedicava às nossas conversas, mais meus filhos me criticavam, achavam que ele era apenas um desocupado se divertindo às minhas custas, um tarado da internet, um louco seqüestrador. Quanto mais se aproximava o dia de minha viagem mais aumentava a pressão deles tentando me fazer desistir.

Mas eu já tinha tomado uma decisão e iria até o fim, custasse o que custasse. Dentro de mim algo me dizia que meu destino passava por São Paulo, que eu tinha que vir, que algo muito importante e que iria mudar minha vida estava me esperando aqui. E essa sensação crescia conforme os dias passavam.

O dia da viagem se aproximava e 2 noites antes ele não apareceu para conversar. Nem no dia seguinte, nem no dia da viagem. Meus filhos e amigos redobraram seus esforços para me fazer desistir, dizendo que se ele não aparecia para conversar na internet também não apareceria em São Paulo.

A essa altura a cidade inteira já sabia de minha "aventura" e todos queriam dar sua opinião, uns medrosos me falando de histórias horripilantes sobre gente que vai se encontrar com quem conheceu pela internet, outros entusiasmados, talvez vivendo minha história como se fosse a deles, ou algo que gostariam de também vivenciar. Mal sabiam eles que tanto fazia se eram contra ou a favor pois dentro de mim a decisão já estava tomada.

No dia combinado entrei no ônibus com o coração aos pulos e senti que ia de encontro ao meu destino.

(Essa história continua na postagem "De encontro ao meu destino")

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terça-feira, 25 de novembro de 2008

Nosso destino está traçado?

Não acredito que nosso destino esteja inexoravelmente decidido e que não tenhamos nenhum controle sobre o que vai nos acontecer, imagino que antes de virmos para essa vida terrena nos propusemos a fazer algumas coisas e para concretizá-las sabíamos de antemão alguns caminhos que teríamos que seguir por aqui.

Depois de encarnados nos esquecemos de tudo e por vezes tentamos nos furtar ao que foi combinado anteriormente mas o Criador nos faz lembrar de nossas missões e por mais voltas que demos, quando abrimos o olho estamos novamente no mesmo lugar.

Olhando agora para trás percebo que mesmo tendo dado muitas voltas acabei chegando onde teria que chegar, pois desde o início tudo apontava para isso, só os personagens centrais dessa história que vou contar é que não viam. Analisando agora tudo o que aconteceu tenho uma idéia clara de que para que tudo se passasse como se passou é necessário haver uma Força Superior, ou a Mão de Deus, como queira, a nos guiar na escuridão.

Imagino que essa história tenha começado muito antes mesmo de qualquer um de nós ter nascido, mas como não me lembro não posso contar essa parte, apenas imaginá-la. E se alguém ainda duvida da existência da alma gêmea, daquela pessoa que vai completar nossa existência, talvez mude de idéia ao ler essa história, ou talvez não. Talvez só abandone o ceticismo quando a SUA história acontecer, nessa vida ou em outras que estão por vir.

Escolhi contar a história em capítulos por ser longa e nos detalhes é que está o charme da coisa toda, então caro leitor, queira dispensar-me alguns minutos de sua atenção diária que prometo que no final entenderá o que eu disse sobre o destino. E se torce o nariz agora, garanto que eu teria a mesma reação alguns anos atrás, e logo você entenderá porque mudei meu modo de pensar.

Antes de mais nada vou dar uma breve visão panorâmica da situação quando tudo começou. Na época eu nem sabia que alguma coisa estava começando, mas bem que o pressenti. De qualquer modo, pela forma que as coisas se passaram, mesmo sentindo algo estranho eu jamais poderia furtar-me a viver a minha história.

Eu me casei e descasei várias vezes e o fato já virara piada em minha cidade. Eu morava numa pequena cidade do interior de São Paulo com 12 mil habitantes, para onde tinha me mudado em 85 para lá criar minhas 3 filhas e havia me separado recentemente. Lá casei-me novamente e tive mais um filho, adotamos outro. Após 12 anos a união se desfez e fui viver minha vida sózinha, decidida firmemente a nunca mais unir-me a ninguém.

Mesmo assim comecei a namorar um rapaz 17 anos mais novo. Namoramos durante 3 anos e meio mas apesar de ele querer casar-se nós nunca nos entendemos bem. Ao final do namoro eu já estava tão desesperançada de encontrar a tal "alma gêmea" e tão cansada de tantos casamentos desfeitos que terminei o namoro jurando a meus filhos que nunca mais me casaria. Para melhor cumprir o prometido isolei-me em casa, só saía para ir trabalhar.

Permaneci em meu castelo isolado por um ano e durante esse tempo fiquei viciada em internet. Tinha muitos contatos no msn, do mundo inteiro, em vários idiomas, e passava as horas de lazer em frente do computador. Dentre meus contatos havia um com quem eu nunca havia falado, e foi uma surpresa quando um pouco antes do natal ele começou a conversar comigo:

- Olá, como vai a Senhora?

Eu respondi e começamos a conversar a partir desse dia, e foi assim que a história mais louca de minha vida teve início.

(A continuação dessa história está na postagem "Um sentido novo à vida".)

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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Experiências durante morte clínica

Li uma vez numa revista que vários médicos, após terem ouvido de seus pacientes que passaram por morte clínica contarem histórias semelhantes, resolveram documentar esses fatos e escreveram um livro a respeito. É a ciência explorando o mundo espiritual para encontrar respostas.

O que chamou a atenção dos médicos é que os pacientes que passavam alguns minutos mortos clinicamente, após serem ressuscitados contavam mais ou menos a mesma coisa. Contavam que sentiam-se como que flutuando sobre o próprio corpo material, depois elevavam-se e viam a equipe médica tentando reanimá-los, depois viam uma luz e iam de encontro a ela. Em algum momento e por algum motivo voltavam ao corpo e acordavam.

Havia relatos impressionantes, como o de uma mulher que foi trazida inconsciente ao hospital e ao ser reanimada contou que fora elevando-se até sobrevoar o hospital, e que no telhado do hospital havia um sapato vermelho. O médico, intrigado, pediu que os enfermeiros fossem verificar e encontraram mesmo o tal sapato vermelho, há muito tempo deixado lá não se sabe por quem.

Alguns médicos tentam explicar essas experiências como alucinações causadas pelo cérebro com pouco oxigênio. Mas que eu saiba quando alguém tem alucinações não as tem iguais às de outras pessoas. Como explicar que todas as pessoas que passaram por essa experiência têm experiências em tudo semelhantes?

A ciência segue procurando uma explicação científica para esses fatos, mas a mim a resposta parece um tanto óbvia. Temos um espírito que separa-se do corpo quando morremos, mesmo que essa morte dure apenas alguns minutos. Deixemos pois que os médicos continuem a procurar suas explicações.

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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O destino

O que muitas pessoas chamam de "destino" para os espíritas é simplesmente a confirmação daquilo a que você se propôs antes de vir para cá. De certa forma misteriosa para nós que não nos lembramos mais do que nos comprometemos a fazer ou a viver antes de vir para cá, tudo se encaminha para que se cumpra o nosso "destino".

Acontecimentos curiosos às vezes nos chamam a atenção e os chamamos de "coincidências", mas se formos parar para analisá-los vamos ver claramente neles a mão de Deus, guiando-nos para que se cumpra o que é melhor para nós.

Analisar esses "sinais" é também uma forma de "rezar". Antes de pedir ajuda nos momentos difíceis é sempre útil olhar para eles e com uma clareza espantadora esses sinais nos guiarão para o que é melhor para nós, basta que aprendamos a interpretar esses "recados" que Deus nos manda a todo momento.

Dizem que Deus não fala diretamente conosco mas eu discordo, Ele nos fala a todo momento, nos guia e nos conforta, e também nos indica o caminho a seguir. Mas quantas vezes nós paramos para ouvir?

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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Sonho ou realidade?

Muitas vezes sonhamos e depois conseguimos nos lembrar perfeitamente, a ponto de contarmos nossos sonhos com detalhes. Mas algumas dessas vezes o que contamos não é um sonho, só que não nos damos conta disso.

Quando dormimos nosso espírito pode sair e movimentar-se à vontade, sempre preso ao nosso corpo terreno. Em espírito, podemos conversar com outras pessoas, que estão ainda encarnadas ou que já passaram para outros planos espirituais.

Aprendi a diferenciar entre uma coisa e outra. Um sonho é algo sem nenhum sentido, estamos sentados em um lugar e depois já estamos em outro, estamos dormindo e estamos voando, comemos um sanduíche que se transforma num pássaro e de repente sai voando, ou fala conosco.

Quando nosso espírito está viajando fora de nosso corpo há uma lógica. Chegamos, entramos, sentamos, começamos uma conversa com alguém. Há início, meio e fim, tal como acontece quando estamos acordados.

Portanto quando você lembrar-se de um sonho que era muito "real" porque as coisas aconteciam dentro de uma lógica natural, pode ter certeza: não foi um sonho.

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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A última vez que vi minha avó

Quem me conhece me acha divertida, alegre, de bem com a vida, mas nem sempre fui assim. Houve uma época em minha vida na qual eu me sentia um lixo. Presa de uma depressão profunda que se arrastou por anos, eu não tinha a menor alegria de viver e tudo o que seria para muitos motivo de alegria em mim não causava nenhuma emoção.

À noite eu conseguia dormir só com calmantes e durante uma ou duas horas apenas. As restantes eu fitava a escuridão, esperando o momento de levantar e enfrentar mais um dia. A idéia de ter que me levantar me aterrorizava, por mais paradoxal que possa parecer, apesar de passar a noite em claro, o que eu mais gostaria de fazer é não me levantar nunca mais, dormir até o dia de minha morte.

Como uma coisa leva à outra, a idéia de morte foi instalando-se em minha cabeça até tornar-se uma idéia fixa. E de tanto pensar em morte, um dia comecei a pensar que eu poderia chegar a ela mais rápido. E a idéia de suicídio começou a flertar comigo, a cada dia ela se tornava mais atraente, até que um dia, numa crise de desespero, decidi que aquele seria o último dia daquela amarga existência.

Já estava com tudo pronto para o ato de loucura quando um último sentimento de culpa me impeliu a ir ver se minhas 3 filhas pequenas estavam bem em suas caminhas antes de torná-las órfãs. Eu estava no banheiro de minha casa, teria que passar pela sala para ir ao quarto delas, e na sala havia uma porta dupla de vidro que dava diretamente para o sofá da sala.

Quando me aproximei da porta para abrí-la e entrar na sala vislumbrei através do vidro um vulto de uma pessoa sentada no sofá. Meu primeiro sentimento foi de medo, pois além de minhas filhas que deviam estar dormindo não havia mais ninguém em casa além de mim. Meu segundo pensamento foi de que se eu estava mesmo disposta a ir até o fim, que importância teria se ali estivesse um estranho, ladrão ou o que fosse, disposto a dar-me uma ajuda em minha tão difícil tarefa?

Pensando assim abri a porta de vidro de uma vez, disposta a apresentar-me a quem quer que estivesse sentado no sofá de minha sala, mas assim que abri a porta fiquei paralisada. Lá estava minha avó, desencarnada cerca de 6 anos antes. Estava sentada, as mãos cruzadas no colo e simplesmente me olhava. Em seu olhar havia amor, compaixão e uma súplica muda que eu logo entendi.

Assustada retrocedi, fechando a porta novamente, e quando voltei a abrí-la minha avó não estava mais ali. Fiquei horas imaginando como aquilo seria possível, se eu não estaria ficando louca, etc. Quando dei por mim meu marido estava de volta e eu me esqueci completamente do ato tresloucado que imaginara fazer naquele dia.

Tempos depois entendi como a aparição dela mudara completamente o rumo de meus pensamentos, fazendo-me esquecer e posteriormente desistir de atentar contra minha própria vida, fugindo de meus problemas e deixando-os multiplicados para os que ficariam, e que eu amava. Entendi também que o ato que estivera prestes a praticar seria prejudicial não só para mim e minha alma imortal, mas também para todos aqueles que ficariam nessa existência terrena, sem entender o que se passara para que eu me fosse de forma tão violenta e amarga.

Essa foi a última vez que vi minha avó.

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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Visita em casa

Estou na cozinha fazendo a janta, meu filho está sentado na frente do computador ao lado da janela do meu quarto. Para entrar pela porta da cozinha alguém terá forçosamente que passar pela janela e será visto por meu filho.

Estou mexendo nas panelas, distraída, quando mais pressinto que vejo meu marido entrando pela porta da cozinha, bem perto de onde estou. Viro-me para cumprimentá-lo e um vulto usando roupa branca dos pés à cabeça está ali, entrando pela porta e depois em uma fração de segundos já não está mais.

Levo um susto, dou um grito abafado e paro, com a colher na mão suspensa no ar. Do quarto meu filho pergunta: "que foi, mãe? Assustou com seu marido?"

Após alguns instantes, refeita do susto, vou até meu filho e explico que meu marido NÃO CHEGOU mas que eu vira uma "pessoa" entrando pela porta da cozinha. Meu filho fica pasmo:

- Não brinca não, mãe. Você sabe que eu não gosto "dessas coisas". Eu o vi passando aqui pela janela e quase o cumprimentei.

Explico que ele não está em casa, meu filho vai à cozinha e vê que eu não estou mentindo. Mais ou menos uma hora depois meu filho vai à cozinha tomar um café e eu fico no quarto, arrumando a bagunça. Quando olho pela janela vejo o vulto de meu marido passando pelo corredor que dá na porta da cozinha. Vou à cozinha, onde está apenas meu filho, que olha em direção à porta.

- Que foi? - pergunto eu.

- Nada, é que eu tive a impressão de que alguém estava entrando pela porta, mas não há ninguém.

De fato, não havia ninguém.

Mais tarde comento o fato com meu marido, que além de não gostar também não acredita "nessas coisas". Ele fica sério e depois conta que quando descia a escada que dá em nossa casa pressentiu alguém que vinha atrás dele e quando olhou para trás havia um vulto branco. Quando olhou de novo não estava mais lá.

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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Espiritismo como filosofia

Já me perguntaram se eu acredito no espiritismo, se tenho até um blog sobre o assunto, que me fascina tanto, porque me auto-denomino agnóstica. Sou agnóstica porque não sigo e não pratico religião alguma.

Sou uma estudiosa e uma admiradora da religião espírita, cujos ensinamentos procuro assimilar e aplicar à minha vida. Creio piamente em tudo o que a filosofia espírita prega. Mas não freqüento centro espírita, não desenvolvo mediunidade, não recebo passes.

Sei que os católicos costumam dividir-se a si mesmos em duas categorias: praticantes e não-praticantes. Eu mesma quando católica, fui primeiro praticante e depois não-praticante. Mas hoje em dia não acredito nisso. Para que eu me auto-denominasse "espírita", teria que participar de tudo, freqüentar e ainda doutrinar tantas pessoas quantas eu conseguisse. Assim é meu modo de ver o "seguir uma religião".

Creio em Deus e acredito na filosofia espírita, mas o que faz de mim uma agnóstica é que vejo o espiritismo como uma filosofia de vida, que nos leva ao crescimento e nos explica os motivos para nossa estada aqui nessa vida. Para mim a doutrina espírita é muito mais que uma religião. Não preciso dizer-me espírita para seguir todos os preceitos do espiritismo, nem para acreditar neles ou mesmo disseminá-los, através do blog ou pessoalmente. Mas me reservo o direito de, como não-praticante, não me considerar "espírita".

Como não aceitaria qualquer outra religião, e como por definição agnóstico é todo aquele que crê em Deus mas não segue nenhuma religião sou, portanto, agnóstica.


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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A fé tem que ser cega?

A coisa que mais me chamou a atenção na filosofia espírita, logo no primeiro contato, foi o fato de ter uma lógica. O ser humano é composto de espírito, corpo e intelecto, portanto fica difícil separar uma coisa da outra.

O que me afastou de algumas religiões foi a forma como colocavam o espiritual acima de tudo, desprezando o fato de que temos um corpo. Nada de depilação, nem mesmo da sobrancelha, nada de ornamentos de qualquer natureza, nem a correntinha que ganhou do seu pai antes de morrer. Nada de cortar o cabelo, não usar calça comprida, não tomar café.

Eu não entendia porque para servir a Deus eu tinha que passar por tantas privações, porque eu não me sentiria nada confortável sem depilar as pernas ou cortar o cabelo. Meu cabelo é uma droga e a idéia de vê-lo crescer ao léu era para mim insuportável. Mas nem um corte a cada 6 meses, digamos? Não podia. E eu achava o cúmulo, tanto assim que me afastei, não tanto por considerar a "tortura" inútil, devem ter lá seus motivos, só que eu não via sentido em nada disso.

Para você se dignar a deixar algo que gosta ou que o faz sentir-se melhor tem que ter uma motivação e não me deram nenhuma. Não vai aqui nenhuma crítica a quem se dispõe a seguir tudo isso à risca, só que para mim não rolou.

Outras religiões subestimavam o fato de que EU TENHO um cérebro e mesmo que eu repita mil vezes que não se deve fazer perguntas porque não se pode questionar a Deus, lá dentro uma vozinha persistente insistia em assoprar em meu ouvido: "mas por quê, hein?" E os porquês nunca foram satisfatoriamente respondidos.

Não que eu não acredite em fé cega, mas um certo fundamento também ajuda, não? Que nosso espírito sinta que estamos no caminho certo é uma bênção, mas existe algum mal em também convencer nossa razão?

Na filosofia espírita encontrei respostas simples e diretas, que faziam sentido e meu cérebro finalmente entrou em sintonia com meu espírito. Creio piamente em Deus, sem questionamentos, mas os detalhes todos dessa história de Criação, Expiação, etc, ficaram também resolvidos de forma lógica e convincente. Minha razão acredita nas razões do espiritismo, assim todas as minhas facetas de ser humano questionador ficam em harmonia.

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domingo, 2 de novembro de 2008

Você acredita que tem uma alma imortal?

Se você acredita que tem uma alma imortal deve perguntar-se para onde ela vai após a morte do corpo físico, certo? Os espíritas acreditam que há outros mundos, alguns bem parecidos com esse, para os quais vamos para evoluir e aprender.

Também acreditam que quando uma pessoa está pronta pode voltar para o mundo terreno e ao vir aceita algumas missões ou vem com um objetivo. Baseados nessa crença explicam acontecimentos que de outra forma permaneceriam sem explicação.

Pessoas boas que passam por provações provavelmente as aceitaram antes de vir para cá, ou estão sofrendo por coisas que fizeram em outras vidas, quando não estavam ainda tão evoluídos quanto agora. É o chamado "karma", uma espécie de "débito" que trazemos de outra vida e que temos que pagar para completar nossa evolução.

Nossos atos sempre têm um peso, positivo ou negativo, em nossa vida ou nas dos que nos cercam e quanto mais atos negativos praticarmos, maiores serão nossas expiações no futuro. Quanto mais a pessoa se deixa levar pelas más influências e se abandona à imoralidade e à maldade, mais dilata o tempo que a separa de uma etapa superior.

Esse mundo é como se fosse uma escola, e só se formos "aprovados" poderemos ir para o estágio seguinte. Quando não aprendemos nada, não fazemos nosso espírito evoluir, "tomamos bomba" e temos que reencarnar nesse mundo ou em outros equivalentes, tantas vezes quantas forem necessárias até aprendermos as lições necessárias à evolução.

Não pratico o espiritismo como religião mas acredito plenamente nos ensinamentos ministrados pelos espíritas. E você? Acredita em alma imortal, reencarnação, vida depois da vida? Responda à enquete do blog e dê sua opinião.

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