terça-feira, 25 de agosto de 2009

Pé de pato, mangalô três vezes!

Desde que estava lá pela quarta série percebi que atraio gente invejosa e malvada. Mas não é pra serem meus amigos, não. Eles adoram me odiar. Acho que é porque eu nunca soube qual era o meu lugar.

Na escola havia a "ala das riquinhas", que as meninas que não eram tão riquinhas tratavam no maior puxa-saquismo, cheias de salamaleques. Faziam questão de notar o novo corte de cabelo e dizer mil vezes o quanto estava lindo. Eu por meu lado sempre detestei gente falsa e puxa-saco e nunca me curvei ao poder do dinheiro. Aliás não vejo graça em dinheiro, depois de trabalhar 19 anos como caixa de banco sei que dinheiro é sujo, fede e ainda solta tinta. Acha que vou ver graça num negócio desses?

Então eu nunca tratei com reverência quem tinha dinheiro, quem tinha "posição". Para mim todos são iguais e só respeito quem faz por merecer. Admiro pessoas que têm nobreza de caráter, boas intenções, que querem melhorar e aprender. Essas eu trato com respeito, admiração e até com reverência, porque para mim o valor das pessoas está na sua riqueza interior e não relacionado à quantia que têm no banco.

Agindo assim eu só podia mesmo despertar o ódio eterno das colegas riquinhas, acostumadas a tanta reverência. Em algum momento acho que elas se questionavam: por quê a Zailda não puxa o meu saco? Quem ela pensa que ela é?

Esse "quem ela pensa que é" era fatal, daí pra me odiar e começar a me provocar era um passo. Depois de algum tempo ainda fiquei metida (na opinião delas), comecei a ser a primeira da classe, a tirar notas melhores que as delas (elas é que ficavam comparando, eu ficava feliz com a nota porque havia estudado, mas elas logo iam comparar se era maior or menor que a delas).

Cresci e cresceu comigo esse "dom" de atrair mau-olhado. Não importa se eu varo a noite trabalhando, quando eu consigo algum sucesso sempre tem alguém botando gosto ruim, dizendo que é porque eu puxo o saco (nunca puxei saco de ninguém), imito os outros (e eu lá estou preocupada com os outros?), sou vingativa...

Se tem coisa que eu não sou é vingativa, mas não convém abusar, né? Sou humana também... Mas eu acho que entendo. Todo mundo quer ter os louros mas poucos se dispõem a trabalhar por eles. Quando tenho um objetivo, luto de forma limpa por ele, e a forma mais limpa e segura de alcançar um objetivo que eu conheço é o trabalho. Aqueles que me cercam acompanham minhas horas de trabalho contínuo e depois comemoram comigo as minhas vitórias. Os que só aparecem na hora da comemoração acham que tudo cai do céu.

O que cai do céu é chuva e se passar perto de um prédio pode cair até coisa mais pesada. Estamos aqui para construir, se você está tão preocupado com a vida dos outros que não para nem pra botar um tijolo em cima do outro, como acha que vai conseguir alguma coisa? Se você não tem paciência de aprender, como vai melhorar? Se você só inveja o que os outros têm mas não ajuda ninguém, como acha que alguém vai querer lhe ajudar?

Acho que sei porque algumas pessoas me odeiam tanto, é porque não retribuo. Não odeio nem desprezo ninguém, acho que todos podem melhorar mas alguns têm mais dificuldades. Se quiserem ser ajudados com certeza podem contar comigo, mas se da primeira vez que eu estender a mão tentarem arrancá-la do meu braço, podem aprender a virar-se sozinhos.

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sexta-feira, 20 de março de 2009

O monstro e o monstro


Não, não é 'o médico e o monstro', que tinha duas facetas, uma boa e outra má, incontrolável. Nesse eu só vejo a maldade. A monstruosidade infinita de violentar mais de 3.000 vezes a própria filha, que manteve em cárcere por 24 anos. Por violentá-la em frente aos filhos que também eram seus netos. De manter os filhos durante toda a vida longe da luz do sol e privados de conviver com seres da raça humana.

Foram criados como bichos por esse monstro que os gerou e que durante 24 anos foi respeitado pela sociedade, tratado com um membro da dita 'raça humana'. Nos olhos desse monstro vejo uma alma que há muito afastou-se da luz e rastejou para as profundezas mais escuras da maldade pura. Conterrâneo de Hitler, imagino que seu crime foi talvez pior pois manteve suas vítimas vivas por décadas nas quais as torturava e violentava moral, física e espiritualmente.

Deve receber uma pena de prisão perpétua por todos esses crimes e pelo assassinato de um filho-neto recém nascido e sinto que essa pena é pequena para um crime tão bárbaro, repugnante, inimaginável mesmo nas mentes mais criativas da ficção.

Mas eu acredito na vida após essa vida e sei - sem sombra de dúvidas - que se a justiça humana não conseguiu dar-lhe uma pena à altura de seus crimes a Justiça Divina com certeza o fará. E que seus filhos, que foram privados de parte de suas vidas as terão de volta em outra encarnação. Creio piamente que esse ser que hoje mostra-se com a figura humana terá um longo e doloroso caminho a percorrer antes de voltar a ser de fato humano. Dentro de mim chego a ter pena dele pois sei que o ônus será pesado e que muito terá que aprender até poder novamente deixar de rastejar entre os iguais a ele e voltar a ser um de nós.

Artigo em resposta a: Cinema e bobagens - Quem é o monstro?

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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Uma história de gratidão

Recebi uma vez por email e agora como comentário em um de meus blogs. Acho esse relato interessante porque mostra o Criador agindo em nosso destino, nos conduzindo para que sigamos nosso caminho.

Na quinta feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido em uma pizzaria na esquina das ruas Yafo e Mêlech George no centro de Jerusalém.

O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar na pizzaria, Moshê percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha de tanto tempo. Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu.

Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelense perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila na sua frente. Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direção à sua próxima reunião.

Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer o que acontecera.

O jovem disse que um homem-bomba acabara de detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s… Moshê ficou branco. Por apenas dois minutos ele escapara do atentado. Imediatamente lembrou do homem israelense que lhe oferecera o lugar na fila.

Certamente ele ainda estava na pizzaria. Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto.

Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se aquele homem necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica no local.

A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para aumentar seu poder destrutivo. Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram, sendo seis crianças. Cerca de outras noventa pessoas ficaram feridas, algumas em condições críticas.

As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada. Pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico, outras tentando ajudar de alguma forma. Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensangüentadas eram socorridas por policiais e voluntários. Uma mulher com um bebê coberto de sangue implorava por ajuda. Um dispositivo adicional já estava sendo desmontado pelo exército.

Moshê procurou seu ’salvador’ entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu encontrá-lo. Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que acontecera com o israelense que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele.

Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe por sua vida. O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o aguardava.

Ele começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido levados os feridos no atentado. Finalmente encontrou o israelense num leito de um dos hospitais. Ele estava ferido, mas não corria risco de vida. Moshê conversou com o filho daquele homem, que já estava acompanhando seu pai, e contou tudo o que acontecera. Disse que faria tudo que fosse preciso por ele. Que estava extremamente grato àquele homem e que lhe devia sua vida. Depois de alguns momentos, Moshê se despediu do rapaz e deixou seu cartão com ele. Caso seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não deveria hesitar em comunicá-lo.

Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritório em Nova Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação de emergência. Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela delicada cirurgia fica em Boston, Massachussets.

Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias.Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar seu amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque.

Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelo senso de gratidão. Outra pessoa poderia ter dito ‘Afinal, ele não teve intenção de salvar a minha vida: apenas me ofereceu um lugar na fila‘.

Mas não Moshê. Ele se sentia profundamente grato, mesmo um mês após o atentado. E ele sabia como retribuir um favor. Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu amigo - e deixou de ir trabalhar. Sendo assim, pouco antes das nove horas da manhã, naquele dia onze de setembro de 2001. Moshê não estava no seu escritório no 101º andar do World Trade Center Twin Towers.

(Relatado em palestra do Rabino Issocher Frand)

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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Aniversário do blog


Hoje o blog está completando um ano de idade. Nem parece, a impressão que tenho é de que foi ontem que comecei a escrever aqui. De lá para cá tenho tentado imprimir ao blog algumas características, que aos poucos vão se delineando em minha cabeça.

Um dos objetivos do blog é o de difundir a filosofia espírita, postando os ensinamentos e também testemunhos e depoimentos meus e de outras pessoas que em algum momento viram suas vidas e seus destinos influenciados por forças de outro mundo.

As pessoas materialistas, para quem a matéria é a única realidade plausível sempre questionam o que coloco aqui, mas devo lembrar que aquilo em que acreditamos é muito pessoal e não adianta questionar a fé alheia, mesmo porque a fé é sentida e não racionalizada.

Não há como explicar porque acreditamos em algumas coisas e em outras não. Acreditamos no que sentimos que é verdadeiro, sem necessidade de justificativas lógicas e irrefutáveis. E é justamente esse o mérito da fé, o fato de ser instintivo e nascer de dentro de nossos corações e não de nosso cérebro.

Espero contar por mais esse ano com a visita dos leitores que durante esses 365 dias de existência do blog têm prestigiado e comentado, me incentivando para que eu continue com esse local de discussão e disseminação da filosofia espírita. De minha parte garanto que vou me esforçar cada vez mais para aprender com os erros e chegar o mais próximo possível daquilo que todos esperam encontrar por aqui.

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