O orgulho e a prepotência já me acompanharam, como um pesado fardo que eu inconscientemente arrastava comigo em meu caminho. Razoavelmente bem nascida, desde cedo aprendi a conviver com meus "iguais" e olhava com certo desprezo e condescendência para aqueles que eu julgava que estavam abaixo de mim, fosse em cultura, nível social, ou o que se usasse para "medir" o quanto vale um ser humano.
Além de orgulhosa de mim mesma e de meus "feitos", era prepotente também. Imaginava-me em posição superior e capaz até de esmagá-los como baratas se por acaso se atravessassem em meu caminho. Se não o fazia, sentia-me benevolente e boazinha e um sorriso de satisfação me vinha aos lábios. Eu era um monstro e não sabia.
Esse "poder" que minha posição social falsamente me conferia um dia veio por terra, quando saí do banco e ao entrar em negócios que não soube como administrar, vi-me de repente privada de todo aquele "poder" material. Desci de uma só vez dezenas de degraus no que chamamos "escala social" nesse mundo terreno.
Mas nesse momento difícil, encontrei em algum canto dentro de mim um pouco de HUMILDADE. Olhei pra dentro de mim mesma, analizei minha situação e pensei: "se Deus permitiu que isso acontecesse, é porque quer que eu aprenda alguma coisa." E pensei isso porque não acredito num Deus vingativo, para mim Deus é um Ser de Misericórdia e sobretudo é Pai, um pai amoroso que tudo faz para ajudar e educar seus filhos, mas não hesita em ser severo o suficiente para colocá-los de castigo se teimam em não aprender suas lições.
E eu me sentia "de castigo", sentia que havia algo para aprender com aquilo tudo que estava me acontecendo. Aquele período que poderia ser de dor e caos, na verdade serviu para fortalecer minha família, estreitando os laços de amor e compreensão entre mim e meus filhos. Serviu para que eu visse que não existe ninguém melhor ou pior que outros, que somos todos iguais e igualmente filhos de Deus.
Aprendi que quando levamos um fundo golpe em nosso orgulho, em nossa vaidade, em nossa arrogância, e eles sangram, doloridos, e bradam por vingança, o melhor é não dar-lhes ouvidos, simplesmente abandoná-los no caminho, como pesados e inúteis fardos que só atrasam nossa caminhada para o aperfeiçoamento espiritual e para os braços do Pai.
Vi que quando levamos duros golpes da vida temos que aprender com eles, para nos tornarmos melhores, para servirmos de exemplo aos que vem atrás de nós, para os que compartilham conosco dessa caminhada.
Depois disso, mudaram-se meus valores, mudou minha forma de ver a vida. Muitos "amigos" que antes me bajulavam afastaram-se de mim; outros, que eu julgava seres inferiores e desgraçados, aqueles mesmos que eu me julgava capaz de destruir de um só golpe, aproximaram-se de mim e me estenderam sua mão. Coisas que antes eu julgava fundamentais, que jamais poderia ficar sem, hoje já nem me fazem falta sequer.
Eu aprendi minha lição. E você, aprendeu a sua?
(por Zailda Mendes)
Essa lição já aprendi faz tempo!!!
ResponderExcluirPrecisei quebrar a cara muitas vezes para aprender,repetir mil vezes a mesma lição,tirar nota baixa...até o dia que tive média 10.
Ainda era bem moça.
Já amadureci o bastante!!!
"Coisas que antes eu julgava fundamentais, que jamais poderia ficar sem, hoje já nem me fazem falta sequer".
Bjsss...milll
Escrevi essa postagem porque na época estava sofrendo "ataques" de "certas pessoas" que não queriam que eu publicasse minhas histórias. Mas agora já passou.
ResponderExcluirApareça sempre!