sexta-feira, 20 de março de 2009

O monstro e o monstro


Não, não é 'o médico e o monstro', que tinha duas facetas, uma boa e outra má, incontrolável. Nesse eu só vejo a maldade. A monstruosidade infinita de violentar mais de 3.000 vezes a própria filha, que manteve em cárcere por 24 anos. Por violentá-la em frente aos filhos que também eram seus netos. De manter os filhos durante toda a vida longe da luz do sol e privados de conviver com seres da raça humana.

Foram criados como bichos por esse monstro que os gerou e que durante 24 anos foi respeitado pela sociedade, tratado com um membro da dita 'raça humana'. Nos olhos desse monstro vejo uma alma que há muito afastou-se da luz e rastejou para as profundezas mais escuras da maldade pura. Conterrâneo de Hitler, imagino que seu crime foi talvez pior pois manteve suas vítimas vivas por décadas nas quais as torturava e violentava moral, física e espiritualmente.

Deve receber uma pena de prisão perpétua por todos esses crimes e pelo assassinato de um filho-neto recém nascido e sinto que essa pena é pequena para um crime tão bárbaro, repugnante, inimaginável mesmo nas mentes mais criativas da ficção.

Mas eu acredito na vida após essa vida e sei - sem sombra de dúvidas - que se a justiça humana não conseguiu dar-lhe uma pena à altura de seus crimes a Justiça Divina com certeza o fará. E que seus filhos, que foram privados de parte de suas vidas as terão de volta em outra encarnação. Creio piamente que esse ser que hoje mostra-se com a figura humana terá um longo e doloroso caminho a percorrer antes de voltar a ser de fato humano. Dentro de mim chego a ter pena dele pois sei que o ônus será pesado e que muito terá que aprender até poder novamente deixar de rastejar entre os iguais a ele e voltar a ser um de nós.

Artigo em resposta a: Cinema e bobagens - Quem é o monstro?

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