terça-feira, 2 de setembro de 2008

Casa Habitada

Sei que há muitos que não acreditam, e isso é uma questão particular de cada um, mas não posso negar o que me aconteceu. Estávamos procurando casa para mudar quando um colega de trabalho de meu marido na época, que se mudava para Dracena, ofereceu sua casa para alugar. Fomos ver a casa mas assim que entrei tive uma sensação ruim, uma espécie de opressão, como se o ar estivesse pesado.

Não queria me mudar para a casa de jeito nenhum, mas procuramos casa durante meses e como não havia outra opção, nos mudamos para lá. Desde o começo a casa parecia ter vida própria e uma série de coisas estranhas começaram a acontecer.

Eu sempre fechava bem a janela do quarto das meninas, mas por mais que fechasse e me certificasse de que havia fechado a tranca, sempre havia um momento durante a noite em que ela se abria com estrondo, de par em par, como se uma ventania invisível a movesse. As meninas ficavam assustadas mas meu marido sempre encontrava explicações racionais para o fato.

Eu sempre via através da porta de vidro ou mesmo dentro de casa, pessoas passando, mas quando ia ao lugar em que elas logicamente estariam, não havia ninguém. À noite eu e meu marido ouvíamos passos no corredor, que paravam bem em frente à porta de nosso quarto, mas abrindo a porta nunca havia ninguém.

Durante o dia eu ouvia várias vezes pessoas me chamando no portão mas raramente encontrava alguém lá quando ia atender.

Nessa época também descobrimos que minha filha mais velha estava perdendo a visão de um olho quase que totalmente. Quando conseguimos algum sucesso no tratamento de vários meses, a minha segunda filha quase entrou em coma e descobrimos que estava diabética. Também nessa casa eu e meu marido, que até então vivíamos muito bem, começamos a ter discussões acaloradas e quase diárias, muitas vezes chegando aos gritos e acusações.

Meu marido achava tudo isso besteira, e mesmo o fato de que tínhamos que manter a casa fechada ou ela se enchiam de moscas varejeiras que formavam um enxame apavorante na porta de vidro da casa, não o atingia emocionalmente. Eram centenas de moscas que tínhamos que enxotar durante muito tempo até que fossem embora.

Uma noite fomos acordados por uivos altos e contínuos de um cão. Acordamos assustados achando que uma de nossas cachorras podia ter-se ferido, então meu marido levantou para ver o que era. Alguns minutos depois ele voltou ao quarto, branco como papel e tremendo tanto que nem conseguia falar direito. O relato a seguir é dele:

Ele saiu pela porta dos fundos e as cachorras estavam bem, então notou que os uivos vinham da frente da casa. Deu a volta pelo corredor lateral e viu um cachorro na calçada, virado para nossa casa, uivando. Resolveu jogar uma pedra, mas quando passou pela varanda assustou-se pois havia uma velha sentada em uma das cadeiras de área que tínhamos. Ele a cumprimentou, mesmo assustado, achando que se tratava de alguém que não tinha para onde ir. Foi até o portão e enxotou o cachorro, e quando voltou-se para falar com a velha, ela havia desaparecido.


Sei que muitos não acreditam e mesmo ridicularizam relatos desse tipo, mas meu marido também era assim e a partir desse dia começou a levar mais a sério, e acabamos por nos mudar da casa.

Alguns anos depois soubemos que o casal que se mudara para a casa depois de nós ficou lá pouco tempo. A esposa tinha medo de ficar na casa sózinha durante o dia porque ouvia "ruídos estranhos".

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